SACE

O que são SACE ?

Um Sistemas de Automação e Controlo do Edifício (SACE), é um sistema de controlo e gestão baseado em equipamentos eletrónicos, hardware e software que controla e monitoriza os equipamentos mecânicos e elétricos dum edifício, como ar condicionado, ventilação, aquecimento, iluminação, sistemas de energia, bem como sistemas automáticos de deteção de incêndio e outros sistemas de segurança. Tem como principal objetivo a gestão eficiente de energia e a segurança do Edifício e dos utilizadores.

Os SACE estão regulamentados pelo Decreto-Lei n.º 101-D/2020 e respetivas portarias. Para saber mais sobre a legislação vigente, consulte a nossa página.

Quer saber mais sobre as estratégias de controlo e gestão dos sistemas de iluminação, sombreamento e AVAC, confira abaixo:

Sistemas de Controlo e Gestão de Iluminação

A iluminação foi durante muito tempo descurada enquanto consumidor nos edifícios. Com a entrada da tecnologia LED achou-se que seria o suficiente para reduzir os custos de exploração. Mas rapidamente se verificou que o controlo automático da iluminação nos edifícios é fundamental para evitar os consumos excessivos de energia e acima de tudo para reduzir os custos de exploração do edifício. A entrada dos LED’s mudaram o paradigma de substituição da iluminação: hoje não se substitui uma lâmpada mas sim uma luminária completa, a substituição já não é realizada por qualquer pessoa mas tem que ser feita por um eletricista qualificado.

As estratégias de redução de consumo na iluminação passam por 2 processos que podem ou não ser complementares:

  • A iluminação só deve funcionar quando as pessoas estão presentes na sala. Habitualmente é conseguido recorrendo a detetores de movimento/presença.
  • Só devemos utilizar a quantidade de iluminação artificial necessária para assegurar os níveis mínimos de conforto sobre o plano de trabalho, para compensar o que não for possível assegurar pela luz natural que entra dentro do edifício. Para isso é necessário que a intensidade luminosa seja regulável por meio de sensores de luz que monitoram constantemente a luz sobre o plano de trabalho.

Habitualmente a deteção de movimento/presença e o sensor de luz está incorporado no mesmo dispositivo, é necessário assegurar que a iluminação é regulada, e hoje utilizamos quase sempre sistemas DALI.

Sistemas de Controlo e Gestão de Sombreamento

Os sistemas de controlo de sombreamento têm como objetivo controlar a incidência solar direta dentro do edifício. Este tem 2 objetivos:

  • por um lado o conforto visual evitando a incidência direta do sol sobre os monitores de computador e reflexões nefastas à nossa vista sobre o plano de trabalho;
  • por outro, se evitarmos a incidência solar direta estamos a reduzir a carga térmica sobre o edifício. Se este não aquecer não é necessário consumir energia para o arrefecer, por outro lado no inverno é possível tirar partido da incidência solar direta para aquecer o edifício.

Simplesmente fechar as persianas não é a resposta porque estaríamos a vedar a entrada de luz natural para dentro do edifício, luz mais confortável para o ser humano e que permite reduzir o consumo com a iluminação artificial.

A resposta está em controlar a entrada de luz natural em função do azimute e altura do sol, e da orientação e dimensão das persianas, evitando a incidência direta da luz solar, mas permitindo a entrada de luz difusa para dentro do edifício. Um processo automático simples mas extremamente eficaz.

Sistemas de Controlo de AVAC

O controlo dos sistemas de AVAC (Aquecimento, Ventilação e Ar Condicionado) é realizado por forma a manter uma temperatura de conforto adequado e uma boa qualidade do ar. Hoje são controlados parâmetros como humidade do ar, níveis de CO2 e VOC’s (compósitos voláteis orgânicos). Estes são controlados pela quantidade de ar novo ou reciclado inflado na sala, e a temperatura em função das necessidades de arrefecimento/aquecimento necessárias para manter uma temperatura adequada e dentro do possível uniforme.

As estratégias de controlo, também aqui sempre que possível devem ser adequadas consoante o estado de ocupação da sala. No que diz respeito ao controlo de temperatura, são considerados 4 níveis. Vamos considerar um exemplo de um quarto de hotel.

  • Temperatura de conforto – em Portugal tipicamente em torno dos 21ºC, será a temperatura a manter em arrefecimento quando o quarto está ocupado durante o dia.
  • Temperatura de pré-conforto – tipicamente 25ºC, esta é a temperatura a ser mantida enquanto o quarto estiver desocupado, mas com hóspede atribuído. Quando a pessoa retorna ao quarto, o desconforto não é grande e após 5 ou 10 minutos a temperatura de conforto é restabelecida.
  • Temperatura noturna/economia – durante a noite com o hóspede a dormir por baixo das roupas da cama, como a atividadeo corporal baixa não é necessária uma temperatura tão baixa no quarto, por isso permite-se que a temperatura suba 2ºC para os 23ºC.

Nos países do sul, por cada alteração 1ºC de temperatura de setpoint reduz-se em média o consumo em 11%. Estratégias simples com enormes benefícios.
O controlo dos sistemas de climatização pode ser complexo, mas simples quando pensados de raiz e integrados com os restantes sistemas de controlo. Consulte os nossos consultores para realizar o seu projeto.

Marcas Representadas

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